quarta-feira, 5 de maio de 2010

porto


por qualquer meio de transporte
para qualquer continente
onde os sonhos se tocarem

livre de amarras
com o tempo subjugado
e o sol iluminando a alma

livre como um pássaro
onde estiveres
serás meu porto de chegada


©Jade Dantas

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


Já um novo ano, as mesmas expectativas renovadas, lá vamos nós celebrando a vida.

Um ano novo de desejos realizados, saúde e paz para toda a família Dantas aqui representada.

Minha primeira inspiração de 2008, para vocês, com um grande abraço.

Jade

FUGA
©Jade Dantas

A janela libera o sonho,
a noite
me faz criança.

As metáforas não reconhecem
que o mar me ensina
a fuga das ondas

e traçam espirais no meu poema
onde um pássaro
levanta asas.

domingo, 23 de dezembro de 2007


Meus queridos

Um ótimo Natal para todos vocês!
Que o espírito da fraternidade possa tocar os corações e, pelo menos num dia, o mundo fique melhor.

Paz, amor e um grande abraço.

Jade

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Mais um poema meu para vocês, com um grande abraço.
Jade


ANTES DA ESCRITA
©Jade Dantas

Nas páginas em branco
enquanto não chegaras
somente pausas

Onde a melodia?
No vazio do hiato
enquanto não chegaras

nem entrelinhas,
(muito menos um parágrafo)
me descreveria.

Faltava-me o poema
das tuas mãos de escriba
nas minhas linhas.


sábado, 1 de dezembro de 2007

Um maravilhoso final de semana a todos os Dantas, com muito sol e alegria.
Beijos e beijos da prima
Jade Dantas


DEPOIS
©Jade Dantas

Depois de me aqueceres
no calor teu.
Depois

dos teus olhos
a me percorrerem doando
poemas a cada olhar,

dos teus dedos,
dos beijos. Da suavidade
das palavras, mergulhando

na pele, do tanto que ficou,
que me importa
a morte?

domingo, 25 de novembro de 2007

Para os Dantas, com o desejo de uma semana de muita luz e paz.
Jade




AUTO-ANÁLISE
©Jade Dantas


Se me perguntassem quem sou,
não saberia.
Só sei da vulnerabilidade,
arrebatamento e curiosidade.

Sei dos olhos iluminados
pela poesia das palavras.
Mas, quem sou, não saberia.

Sei das limitações e carências.

Das fantasias.
Sei da busca do essencial, que passa distante
de valores financeiros, acomodação e lucidez.

Do corpo que flutua na imaginação.
Dos olhos que me observam por trás de mim
e são fascínio, convite, cumplicidade.
Mas, quem sou, não saberia.

A alegria de viver é parte dos meus roteiros.
Também a transgressão, perplexidade e ousadia.

Mas não sou elas, ou não apenas elas.
Também sou medo e desejo.

E sou a que reinvento em mim
todos os dias, para delirar todas as noites.
Como dar um testemunho de quem sou,

se me envolvo em incoerências e utopias?

De um lado a que trabalha,
cria formas concretas
a serem esculpidas.
Com concreto e tijolos.

Poemas da realidade, em metáforas de cores.
Do outro, pés bailando em pontas
e o descobrir. Buscar significados
navegando entre o concreto e as nuvens.

A que desenha e a que levanta asas ritmadas.
Ainda assim, dizer quem sou, não saberia
Apenas da que consigo ser.
Cigarra, água, árvore, nuvem, chuva, canto e cigarra

Mas, dizer quem sou, não saberia.